Casa de Oreka

ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO

TECNOLOGIA

“Onde técnica e sensibilidade se encontram para dar forma às suas ideias.”

MADEIRA
MADEIRA

Material de fonte renovável e segura, é o mais ecológico da construção por sua baixíssima pegada de carbono. Estruturalmente robusta e leve, a madeira também se destaca pela sua beleza atemporal, garantindo acolhimento e sofisticação em qualquer aplicação, de estruturas a acabamentos finos.

METAL
METAL

representa a alta costura da arquitetura contemporânea. Suas qualidades estruturais superiores e perfis de peso reduzido permitem a execução de grandes vãos livres e vigas notavelmente mais esbeltas. O metal oferece grande versatilidade de uso, sendo essencial em estruturas, coberturas, fachadas e elementos de vedação.

CONCRETO
CONCRETO

A solução estrutural de máxima robustez, ideal para uma arquitetura que transcende o tempo com durabilidade inigualável. Sua textura monolítica e homogênea, quando aparente, confere um lugar de destaque na estética minimalista e brutalista, sendo sinônimo de força e modernidade.

Espaços que Inspiram

Cada projeto conta uma história — conheça as nossas.”

  Residencial
Residencial

Casa Jatobá é uma residência contemporânea construída em estrutura de aço, unindo leveza, precisão e durabilidade. O sistema permite grandes vãos livres, integração total entre os ambientes e rapidez na execução, reduzindo desperdícios e impactos na obra.

COMercial
COMercial

Um espaço comercial pensado para otimizar a interação e o bem-estar da equipe. Cores estratégicas e layout fluido impulsionam a criatividade e a eficiência.

 Projetos Orgânicos
Projetos Orgânicos

Casa Argiune um projeto residencial que nasce da fusão entre forma, função e emoção. Cada detalhe foi minuciosamente desenhado para otimizar o conforto sensorial e o fluxo de luz natural.
Uma residência sofisticada onde a arquitetura se transforma em ciência a favor do seu bem-estar diário.

interiores
interiores

Design residencial que prioriza a funcionalidade integrada e o acolhimento visual. A iluminação estratégica e a paleta neutra reduzem o ruído visual e promovem um ambiente de serenidade e bem-estar, ideal para o descanso e convívio diário.

NOSSO DNA

Projetos elaborados individualmente para cada um de nossos clientes.

Personalização
Personalização

Casas projetadas com a melhor eficiência de iluminação e ventilação naturais.

ECO-EFICIÊNCIA
ECO-EFICIÊNCIA

“Redução drástica de desperdícios e resíduos da construção.

SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE

ARTIGOS

Olá e seja muito bem-vindo(a) ao informativo Casa de Oreka!

O RESGATE DA TERRA:
O Resgate da Terra: Por Que a Taipa de Pilão é o Futuro da Construção Sustentável

A Taipa de Pilão, técnica milenar de construção com terra crua compactada, está saindo da história e se tornando o material favorito da arquitetura contemporânea de alto padrão. Longe de ser um sistema rudimentar, como muitos pensam, é uma solução de bioconstrução elegante, durável e insuperável em sustentabilidade.

🧱 Taipa: De Monastério Chinês a Casa de Luxo

Com raízes que remontam a 2600 a.C. na China, o uso da Taipa se expandiu por diversas civilizações, da África à Europa, sendo empregada em estruturas que duram séculos, como trechos da Grande Muralha. Sua longevidade atesta uma verdade simples: a terra é o material mais abundante e resistente do planeta.

Hoje, a técnica é aprimorada com tecnologia moderna. Ao invés de ser sinônimo de pobreza, a Taipa de Pilão é um statement de consciência ecológica e design exclusivo em centros culturais e residências de luxo.

🌱 Os 3 Poderes da Taipa de Pilão

A escolha pela Taipa de Pilão em projetos modernos da Casa de Oreka não é apenas estética; é uma decisão de alta performance baseada em benefícios inigualáveis:

1. Sustentabilidade e Baixo Impacto

A Taipa utiliza materiais naturais de origem local (terra, areia e argila). Isso elimina a necessidade de processos industriais intensivos em energia (como o cimento) e reduz o transporte de materiais por longas distâncias. É um material não-tóxico, à prova de fogo e resistente a cupins, com um impacto ambiental que o posiciona na vanguarda da construção verde.

2. Conforto e Eficiência Energética

Sua principal vantagem técnica é a elevada massa térmica. As paredes de Taipa agem como isolantes naturais: elas absorvem e armazenam calor durante o dia, liberando-o lentamente à noite. Este mecanismo reduz drasticamente a necessidade de ar-condicionado e aquecedores, resultando em economias significativas na conta de energia ao longo da vida útil do imóvel.

3. Estética Única e Durabilidade Centenária

A compactação cria paredes monolíticas com texturas orgânicas e tons naturais da própria terra. Essa estética é incomparável, conferindo um calor e acolhimento que se integra perfeitamente ao Design Biofílico e à Neuroarquitetura. Além disso, quando construídas corretamente, as paredes de Taipa são altamente duráveis, com potencial para resistir por séculos.

🤝 A Tecnologia da Taipa na Arquitetura Híbrida

A Taipa de Pilão na arquitetura moderna é versátil. Se a sua essência é a terra, sua estrutura pode ser aliada à tecnologia:

  • Integramos as paredes de Taipa com estruturas de aço, concreto ou madeira para garantir a integridade estrutural em qualquer projeto, desde casas térreas até construções mais complexas.
  • O aprimoramento com equipamentos modernos e reforços (como bambu ou vergalhões) garante a precisão e a longevidade da obra, mesmo em áreas sujeitas a intempéries.

Construir com Taipa de Pilão não é apenas construir com terra; é investir em um futuro mais sustentável, eficiente e esteticamente rico.

Neuroarquitetura: A Ciência por Trás do Seu Bem-Estar.
A Nova Urgência: Sua Mente e o Ambiente

A atenção à saúde mental e emocional é o foco da nossa era. Campanhas como o Janeiro Branco ressaltam que o bem-estar não é apenas clínico, mas resultado de fatores cotidianos — e o ambiente que nos cerca é o mais poderoso deles.

Neste cenário, a Neuroarquitetura e a Neuroestética emergem como campos práticos que buscam entender: como o ambiente físico molda nossa psicologia.

Como afirmado pelo psicólogo Colin Ellard, a forma como percebemos a estética afeta diretamente nossos processos neurológicos. Esta não é mais uma discussão teórica; é uma abordagem multidisciplinar que nos permite projetar o mundo de forma mais consciente e responsiva às necessidades humanas.

2. Neuroestética e Neuroarquitetura: Além da Beleza

Essas disciplinas não se limitam a criar espaços funcionais ou bonitos. O objetivo central é promover saúde mental, acolhimento e valor emocional.

  • Neuroestética: Nascida da interseção entre neurociência e estética, ela estuda como o cérebro reage à percepção de “beleza”. Pesquisadores como Anjan Chatterjee demonstraram que a experiência estética é ligada à nossa biologia cerebral e não apenas ao gosto pessoal
    • Na Prática: Cores, formas e texturas não são meras escolhas de design; são estímulos sensoriais que podem induzir relaxamento, inspiração ou foco.
  • Neuroarquitetura: Consolida a neuroestética e expande a visão de Winston Churchill (“Nós moldamos nossos edifícios, e depois nossos edifícios nos moldam”). Ela usa avanços em imagens cerebrais para entender como o ambiente afeta diretamente o comportamento humano.
3. Aplicações Práticas: O Design Como Instrumento de Cura e Produtividade

A relevância dessa unificação é evidente: arquitetura e design deixam de ser “arte” para se tornarem instrumentos que influenciam profundamente a forma como vivemos.

  • Saúde e Cura: Projetos como o Maggie’s Cancer Care Centre (Richard Rogers, 2008) utilizam luz natural, biofilia e cores para reduzir o estresse, promover a calma e otimizar a recuperação de pacientes.
  • Aprendizado e Foco: Em ambientes escolares, a Neuroarquitetura é usada para melhorar a concentração e o desenvolvimento cognitivo através de decisões científicas sobre iluminação e acústica.
  • Trabalho: Escritórios utilizam o design biofílico para aumentar a produtividade e reduzir a fadiga do corpo clínico ou estresse corporativo.

A sustentabilidade também se une ao bem-estar: o contato com a natureza (design biofílico) reduz o estresse e melhora o humor, transformando espaços sustentáveis em ambientes que cuidam do corpo e da mente.

4. O Chamado para o Futuro

A Neuroarquitetura convida arquitetos e designers a pensarem além da forma e da função. Embora o desafio resida na complexidade de traduzir a neurociência para o projeto (como pontuado por Sarah Williams Goldhagen), o futuro é promissor.

O avanço das tecnologias de mapeamento cerebral e a crescente demanda por um design centrado no humano farão dessas disciplinas o padrão da construção.

Como dizia Steven Holl, a arquitetura é a criação de atmosferas. Neuroestética e Neuroarquitetura nos dão a base científica para garantir que essas atmosferas sejam, de fato, promotoras de saúde e uma experiência humana mais rica e significativa.

O Resgate da Moradia – Por Que Condomínios em Ação Conjunta são uma Saída Viável
O Grito de Alerta: Quando o Imóvel Vira Ativo Fictício

Nos últimos anos, o mercado imobiliário, especialmente nas regiões metropolitanas de São Paulo (como visto em estudos sobre Osasco e a expansão de grandes incorporadoras), passou por um processo acelerado de Financeirização. Isso significa que a moradia deixou de ser vista primariamente como um direito ou uma necessidade social para se tornar um mecanismo de alta lucratividade para grandes fundos de investimento.

Grandes fundos e incorporadoras de escala nacional, munidos de capital fictício e com foco em margens mínimas de lucro elevadíssimas, definem o preço do solo e, consequentemente, o preço final do imóvel. Para o cidadão comum, isso resulta em:

  • Aumento de Custos: O preço final inclui a taxa do incorporador e os juros do financiamento sobre o lucro, elevando a barreira de entrada.
  • Perda de Controle: O comprador é passivo, sem voz sobre a qualidade dos materiais ou o escopo da obra.
  • Especulação: O solo é usado como mera ferramenta especulativa, intensificando a segregação socioespacial.

O direito à moradia está sendo sistematicamente capturado por interesses financeiros.

A Solução Está na União: O Poder do Condomínio em Ação Conjunta

A resposta a esse cenário não está na espera, mas na ação conjunta e organizada das famílias e investidores. Condomínios e associações habitacionais, especialmente nas cidades próximas a São Paulo, representam a retomada do controle sobre o próprio investimento e a própria qualidade de vida.

O veículo legal e mais eficaz para essa união é o Regime de Construção por Administração (ou “Obra a Preço de Custo”), regulamentado pela Lei 4.591/64.

O Regime de Administração: Transparência e Economia para Todos

Neste modelo, a figura do incorporador (e seu lucro) é eliminada. Funciona assim:

  1. Proprietários do Negócio: Os compradores das unidades (os condôminos) se tornam donos do terreno e do negócio.
  2. Casa de Oreka como Administradora: A construtora (como a Casa de Oreka) é contratada para administrar e executar a obra com total transparência, cobrando apenas uma taxa de administração fixa sobre o custo total orçado.
  3. Custo Real: A obra é custeada pelos condôminos (através de um fluxo de desembolso), eliminando os juros e os custos embutidos do incorporador.
Vantagens Diretas para o Condômino:
  • Economia Substantiva: É a forma mais acessível de adquirir um imóvel de alto padrão, pois o custo final é apenas o custo real da obra. A valorização do imóvel é imediata ao final da construção.
  • Transparência Total: Há prestação de contas periódica (mensal) e auditoria externa, garantindo que o dinheiro dos condôminos seja usado da forma mais eficiente.
  • Segurança e Controle: O condômino participa ativamente, tendo voz sobre o andamento e a qualidade do projeto, algo impossível na incorporação tradicional.
O Chamado de Urgência da Casa de Oreka

A Casa de Oreka não oferece apenas a gestão transparente; oferecemos a expertise em Construção , garantindo que seu projeto seja eficiente, de baixo custo e, cientificamente, o mais saudável para sua família.

O tempo para esperar por um mercado justo acabou. A moradia não pode ser um ativo refém de grandes fundos.

Se você e seu grupo já possuem a ideia de um condomínio ou empreendimento nas cidades próximas a São Paulo, é hora de agir. Entre em contato para uma Consultoria Estratégica e descubra como retomar o controle do seu projeto e construir com preço de custo, unindo-se aos que buscam o direito a um lar digno e saudável.

Não deixe o sonho da moradia para o mercado. Clique aqui e converse com a Casa de Oreka AGORA!

Arquitetura Orgânica
Arquitetura Orgânica: uma pitada de neurociência para espaços que curam

Na CASA DE OREKA, acreditamos que cada espaço deve respirar, sentir e dialogar com quem o habita.
A arquitetura não é apenas sobre formas ou função — é sobre como um ambiente toca a mente e o corpo, despertando calma, pertencimento e harmonia.
Inspirada pela natureza e guiada pela ciência, a arquitetura orgânica com uma pitada de neurociência revela o poder que os espaços têm de curar, acolher e transformar.


🌱 O que é arquitetura orgânica?

A arquitetura orgânica busca equilíbrio entre o ambiente construído e o natural, respeitando o terreno, o clima, os materiais locais e os fluxos da vida cotidiana.
Popularizada por Frank Lloyd Wright, essa filosofia rejeita linhas rígidas e compartimentações artificiais, preferindo formas curvas, fluidez espacial e integração com a paisagem — como se o espaço fosse uma extensão do próprio corpo humano.

Principais características:

  • Linhas suaves e formas inspiradas na natureza
  • Materiais naturais: madeira, pedra, vidro e argila
  • Integração com luz natural, vegetação e ventilação cruzada
  • Ambientes que evocam conforto sensorial e emocional

🧠 Quando a neurociência entra em cena

A neuroarquitetura investiga como o ambiente físico influencia o cérebro, as emoções e o comportamento.
Estudos mostram que o design de um espaço pode alterar níveis hormonais, atividade neural e percepção emocional — ou seja, um espaço bem projetado literalmente muda o estado mental de quem o ocupa.

Os impactos mais relevantes incluem:

  • Redução dos níveis de cortisol (hormônio do estresse)
  • Regulação do sistema nervoso autônomo
  • Melhora da memória, foco e tomada de decisão
  • Aumento da sensação de segurança e bem-estar

🌿 Benefícios neurofisiológicos da arquitetura orgânica
1. Redução do estresse

Ambientes com formas curvas e materiais naturais ativam o sistema parassimpático, responsável por promover relaxamento.
A presença de luz natural e elementos vivos reduz a tensão e diminui o cortisol, trazendo uma sensação imediata de calma.

2. Melhora da cognição

Espaços com fluxo visual contínuo e pouca poluição sensorial favorecem foco e clareza mental.
O cérebro opera com mais eficiência quando o ambiente estimula a ordem, a harmonia e o silêncio visual.

3. Regulação emocional

Cores terrosas, texturas orgânicas e formas suaves despertam sensações de acolhimento e prazer estético, estimulando áreas cerebrais ligadas à segurança e ao equilíbrio emocional.

4. Conexão com a natureza — a biofilia

A biofilia descreve a necessidade inata que temos de nos conectar com o mundo natural.
Espaços que incorporam plantas, água, pedras e luz solar melhoram o humor, reduzem a ansiedade e reforçam o sentimento de pertencimento.


🏡 Aplicações práticas

A união entre arquitetura orgânica e neurociência pode transformar a experiência humana em qualquer espaço:

Tipo de ambienteEstratégia orgânicaBenefício ao cérebro e corpo
ResidênciasLinhas fluidas, materiais naturais, ventilação cruzadaRelaxamento, sono profundo e bem-estar familiar
EscolasIluminação natural, integração com jardinsMaior foco, criatividade e aprendizado
HospitaisAmbientes acolhedores, vistas naturaisRecuperação acelerada e menor ansiedade
EscritóriosTexturas vivas, layouts abertos e silenciososRedução do burnout e aumento da produtividade

✨ Conclusão

A arquitetura orgânica, quando inspirada pela neurociência, transcende a estética.
Ela se transforma em um ato de cuidado — um convite para desacelerar, respirar e reconectar-se com o essencial.
Cada curva, textura e feixe de luz pode restaurar o equilíbrio entre corpo e mente.

Na CASA DE OREKA, acreditamos que a beleza nasce do encontro entre natureza, ciência e sensibilidade humana.
Projetar espaços assim é mais do que construir — é cultivar harmonia e bem-estar em forma de arquitetura.


Referências:

Coburn, A., Vartanian, O., & Chatterjee, A. (2017). Buildings, beauty, and the brain: A neuroscience of architectural experience. Journal of Cognitive Neuroscience, 29(9), 1521–1531.

Kellert, S. R. & Wilson, E. O. (1993). The Biophilia Hypothesis. Island Press.

Sternberg, E. M. (2009). Healing Spaces: The Science of Place and Well-Being. Harvard University Press.

Biofilia: Por que seu Cérebro Precisa de Natureza para o Bem-Estar
Introdução: A Necessidade Primitiva por Conexão

Como você se sente em um ambiente desprovido de elementos naturais? Embora a falta de verde passe despercebida em passagens rápidas, a ausência prolongada de contato com a natureza começa a gerar impactos significativos no nosso organismo.

Pesquisadores têm se dedicado a investigar a profunda interligação entre o indivíduo, o espaço físico e o mundo natural. Muitos sugerem que existe uma “necessidade primitiva” de natureza, uma herança evolutiva que atua em níveis subconscientes e cuja carência pode afetar nossos sistemas biológicos sem que nos demos conta. É essa fundamental conexão que exploraremos neste artigo.


O Conceito Central: A Força da Biofilia

A chave para compreender essa necessidade inata é o termo Biofilia. Derivada do grego (bio = vida e philia = amor/afinidade), a palavra foi popularizada pelo biólogo Edward O. Wilson (1984) para descrever a tendência humana intrínseca de buscar e interagir com outras formas de vida no meio natural.

A partir da década de 1980, estudos revolucionários impulsionaram a Biofilia do campo biológico para o reconhecimento prático entre arquitetos e designers.

Um marco foi o trabalho de Roger Ulrich (1984), pioneiro no Evidence-based Design (Design Baseado em Evidências). Através de experimentos com pacientes hospitalares, Ulrich demonstrou que aqueles em quartos com vista para paisagens naturais apresentavam recuperação pós-operatória mais rápida e menor percepção de dor em comparação com aqueles cuja vista era bloqueada por um muro. Esta pesquisa provou que o design do ambiente afeta o organismo em níveis além da consciência e que a natureza é um poderoso agente terapêutico.


Natureza como Regulador de Estresse e Comportamento

O consenso científico só cresceu: a pesquisa contemporânea confirma nossa necessidade inata de natureza e seu papel crucial como agente de controle do estresse. Simplificando, o contato com o natural facilita o relaxamento e atua como um poderoso redutor de estresse fisiológico.

Essa descoberta alinha-se à Teoria da Redução do Estresse (Stress Reduction Theory – SRT), proposta por Ulrich e colaboradores (1991). Diversos experimentos indicam que a mera exposição à natureza, em diferentes contextos, possui um efeito calmante significativo. Quando estamos mais calmos, nossa percepção, funções cognitivas e comportamento geral são positivamente aprimorados.

Os impactos são vastos:

  • Comportamento Social: Estudos em condomínios apontam que moradores com vista para áreas verdes demonstram maior senso de comunidade e relações interpessoais mais positivas do que aqueles com vistas para áreas áridas (Goldhagen, 2017).
  • Controle de Agressividade: Pesquisas em prisões (Nadkarni et al., 2017) e com idosos com Alzheimer (Mooney & Nicell, 1992) mostram que o acesso visual ou físico à natureza reduz a incidência de comportamentos agressivos.

Além da Visão: A Percepção Multissensorial

A conexão biofílica não se limita ao sentido da visão. Nossa necessidade inata de natureza é multissensorial.

Exemplos do tato e olfato comprovam isso:

  • Estímulo Tátil (Madeira): Pesquisas japonesas (Ikei et al., 2017) compararam o toque em materiais diversos. O contato com a madeira demonstrou ser capaz de ativar o sistema nervoso parassimpático, o que é o mecanismo fisiológico responsável por diminuir o estresse e promover o relaxamento — mesmo quando os participantes estavam de olhos fechados.
  • Olfato (Microbiomas do Solo): Estudos indicam que a inalação de certas substâncias voláteis emitidas por bactérias presentes no solo tem o potencial de estimular a produção de serotonina em nosso organismo, o neurotransmissor diretamente ligado à sensação de bem-estar e felicidade (Lowry et al., 2007).

A Urgência da NeuroArquitetura: O Risco da Desconexão

Se o contato com a natureza é vital, a ausência dele representa um risco, especialmente para a saúde mental.

Estudos comparando populações em áreas rurais com aquelas em centros urbanos densos (e, consequentemente, com menor acesso ao verde) demonstram que a falta dessa necessidade primitiva de natureza eleva os riscos de desenvolver transtornos mentais, comportamentos neuróticos e antissociais (Kühn et al, 2017).

Suprindo a Carência: O Design Biofílico como Solução

A resposta para essa carência é a integração estratégica da natureza nos espaços construídos, uma tarefa que cabe à Arquitetura e ao Design.

Entretanto, isso é muito mais profundo do que simplesmente colocar um vaso de planta. O Design Biofílico propõe uma série de estratégias que devem ser combinadas para criar ambientes verdadeiramente saudáveis, como:

  • Presença Direta: Aumento da vegetação, inclusão de elementos como água e sons naturais.
  • Análogos da Natureza: Uso de materiais naturais ou que simulem texturas e cores orgânicas (madeira, pedra).
  • Formas Naturais: Integração de formas orgânicas, padrões de fluxo e fractais (padrões complexos que se repetem, presentes em folhas e rios) na organização espacial.

O segundo passo é a Comunicação. Ao entender os “porquês” e os efeitos neurológicos de cada característica ambiental, as pessoas passam a valorizar e buscar ativamente espaços que as beneficiam.

A complexa e fascinante relação entre NeuroArquitetura, Biofilia e Design Biofílico é o futuro da construção. Voltaremos em breve para aprofundar outras questões que transformam nossos projetos em refúgios de bem-estar.


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